As tecnologias sempre fizeram parte das nossas vidas, quer sejam em nosso trabalho, lazer ou no domicílio. Vários equipamentos foram introduzidos ao longo dos anos na busca de facilitar o trabalho, poupar esforços ou consumir menos tempo e energia. Foi assim com a enceradeira, máquina de lavar roupas, televisão, vídeo cassete, aparelho de som, o ar condicionado e os ventiladores e tantos outros que adentraram a nossa casa. Muitos destes, vieram na direção de facilitar o trabalho doméstico, melhorar o conforto e agregar valor e funcionalidade.
Contudo, não há lugar melhor do que a nossa casa, com as nossas coisas, memórias e histórias bem vividas ali. Só que agora, as palavras de ordem são funcionalidade, conforto e segurança. Para isso, precisamos agregar elementos que vão atender desde as necessidades de cuidados até manter o nosso bem-estar e independência dentro do domicílio ou de nossa comunidade.
Olhando para a funcionalidade, temos que pensar na organização da casa, de seus armários e equipamentos que possam deixar os produtos ao alcance; na disposição dos móveis que possam facilitar o deslocamento ou servir de apoio; as rampas e escadas para facilitar o ir e vir, dentre outras possibilidades. Ou para aqueles que cuidam de outros, as funcionalidades que possam facilitar as tarefas como deixar as coisas à mão, ter equipamentos em casa como os alarmes e as campainhas ou mesmo as cadeiras de banho, por exemplo.
Quando pensamos em conforto, estamos falando da temperatura da casa que possa deixar o ambiente mais agradável; a boa iluminação para ajudar na leitura, na costura, no bordado, facilitando os nossos afazeres; os elementos da decoração como as mantas, almofadas e objetos significativos devem estar presentes na casa.
Olhando para segurança, temos que pensar nas barras de apoio tanto na casa como no banheiro, na boa iluminação, nos tapetes e degraus entre ambientes que podem ser risco de queda.
Mas existem tecnologias que podem ser acionadas pela voz, e uma vez ativada, acendem a luz, regulam a temperatura ou tocam uma boa música . As casas inteligentes, reúnem dispositivos que podem ser integrados, ou mesmo customizados (serem feitos de acordo com o que você quer). Neste caminho, entender mais sobre as preferências e necessidades individuais e as formas pelas quais os dispositivos são integrados devem estar na preocupação da pessoa idosa, das famílias ou daqueles que prestam serviços a estas pessoas Para que o envelhecer na casa seja bom, esses pontos devem ser modificados, mesmo que aos poucos, para que a casa continue sendo o melhor lugar para se viver por muitos anos.
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Carla Santana:
Terapeuta ocupacional, doutora em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento Humano, docente do Departamento de Ciências da Saúde da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP. Membro fundadora da Sociedade Brasileira de Gerontecnologia. Pesquisadora na área de Gerontecnologia, Tecnologia e Inovação para a vida independente e cuidado aos idosos.
Referências:
Mello, N. O impacto da longevidade nas moradias. Disponível em: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/longevidade/o-impacto-da-longevidade-nas-moradias/
Rioto, I. Morar 60 mais. Alternativas de Moradias para Pessoas Idosas. Disponível em: Morar 60 Mais. Revolucionando a moradia em face da longevidade.