Você certamente já deve ter ouvido a frase “Mens Sana in corpore sano”, mas já parou para pensar sobre o significado dela? Essa citação tem origem latina e é derivada da Sátira X do poeta romano Juvenal, fazendo parte da resposta que esse autor deu a outra pergunta: “O que as pessoas deveriam desejar da vida?” – “Uma mente sã em um corpo igualmente saudável”. Então, vamos conversar sobre saúde mental após os 60 anos? Acompanhe o texto!
Ter uma boa saúde é um desejo e uma busca inerente às pessoas que pretendem desfrutar a vida em paz, com alegria e que querem extrair dessa experiência, toda a sua potencialidade.
O que é Saúde Mental?
A Saúde Mental é inseparável da Saúde de uma forma geral. Basta observarmos que quando estamos enfrentando uma doença, por mais simples e passageira que seja, ficamos mais frágeis ou sensíveis do ponto de vista psíquico. Enfrentar uma doença crônica e um tratamento mais desgastante pode ser um desafio à nossa saúde mental.
Da mesma maneira, quando desenvolvemos uma doença psíquica, como uma depressão ou um quadro de ansiedade, a saúde física também se fragiliza. É sabido que o sistema imunológico – responsável por nossa defesa frente a infecções e até ao câncer -, tem seu funcionamento comprometido pelos estados de estresse e depressão graves.
Os transtornos mentais englobam um grande número de doenças e condições e, dentre elas: a depressão, o transtorno de ansiedade, o transtorno bipolar, a demência, o transtorno do déficit de atenção com hiperatividade, o transtorno obsessivo-compulsivo, a esquizofrenia, o transtorno pós-traumático e outros.
Falaremos um pouco mais aqui, a respeito da depressão, uma vez que, atualmente, os 60+ vêm enfrentando esse problema com maior intensidade e frequência.
A depressão nos dias de hoje
Os quadros de depressão costumam ter características diferentes após os 60 anos, e, é comum não vermos aquela tristeza marcante que acontece nos mais jovens. Ao invés disso, é frequente acontecer perda de apetite, comprometimento do sono, desatenção, falta de memória e piora de dores que já existiam. Por isso, muitos casos de depressão não são diagnosticados na população idosa.
Além dessa situação: a depressão não diagnosticada e não tratada, os desafios enfrentados pelas pessoas idosas no momento atual, aumentaram muito a frequência dessa doença. Assim, devemos abordar a saúde mental após os 60 anos para entender seus desdobramentos.
Como perceber a depressão e buscar ajuda?
Você deve estar atento(a) aos sintomas da depressão, como a tristeza, a angústia, a ansiedade, a dificuldade em experimentar prazer nas atividades anteriormente prazerosas, a falta ou o excesso de sono, a falta de apetite, o esforço excessivo para raciocinar, a piora da memória e a dificuldade, inclusive, em pedir ajuda e em planejar a busca por apoio.
Caso você perceba um ou mais sinais como estes, fale com as pessoas mais próximas a você. Seus familiares – filhos, netos, seu cônjuge, seus irmãos -, seus amigos ou alguma outra pessoa da sua comunidade, poderão lhe ajudar a buscar uma ajuda profissional.
É importante que um profissional de saúde de sua confiança planeje, junto com você, o seu tratamento.
Como é tratada a depressão?
Entre os tratamentos disponíveis para a depressão, os principais são a psicoterapia e o acompanhamento médico, com ou sem a prescrição de antidepressivos. De forma geral, costumamos dizer que os casos leves de depressão podem ser resolvidos com a psicoterapia, enquanto os casos mais graves geralmente precisam de medicamentos. Hoje em dia, existem diversas opções de antidepressivos e a escolha entre um ou outro depende de cada caso, da saúde geral de cada um e das características da própria doença.
É possível prevenir a depressão?
Sim. É possível evitarmos alguns episódios de depressão, por meio de um cuidado atento com a nossa saúde como um todo. Podemos nos proteger da depressão e da ansiedade, buscando um estilo de vida ativo, tanto do ponto de vista das atividades que trabalham o nosso corpo, quanto nos envolvendo em outras estimuladoras da nossa mente, como a leitura, o trabalho, as viagens, ou ainda, incluindo a arte e a cultura em nossa vida. Conviver e nos relacionar com outras pessoas, seja na família, na comunidade, na sociedade, também podem nos fortalecer do ponto de vista psíquico e nos proteger da depressão.
Diversas outras atividades relaxantes e que melhoram a atenção e o bem estar, como a meditação e a yoga, por exemplo, têm efeito benéfico para nossa saúde mental.
Para evitar a depressão também é importante dormir bem e se alimentar de forma saudável e, claro, reservar tempo na vida para fazer as coisas de que realmente gostamos e que nos trazem prazer.
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